5 de jan. de 2013

Resenha: A Garota da Capa Vermelha


A Garota da Capa Vermelha 
Sarah Blakley Cartwright
iD Editora , 2011
364 páginas

O corpo de uma garota é descoberto em um campo de trigo. Em sua carne mutilada, marcas de garras. O Lobo havia quebrado a paz. Quando Valerie descobre que sua irmã foi assassinada pela lendária criatura, ela acaba mergulhando de forma irreversível em um grande mistério que vem amaldiçoando sua aldeia por gerações. A revelação vem com Father Solomon: o Lobo habita entre eles — o que torna qualquer pessoa do vilarejo suspeita. Estaria Peter, sua paixão secreta desde a infância, envolvido nos ataques? Ou seria Henry, seu noivo, o Lobisomem que assola as redondezas? Ou, talvez, alguém mais próximo? Enquanto todos estão à caça da besta, Valerie recorre à Avó em busca de ajuda; ela dá à neta uma capa vermelha feita à mão e a orienta através da rede de mentiras, intrigas e decepções que vem controlando o vilarejo por muito tempo. Descobrirá Valerie o culpado por trás do lobo antes que toda a aldeia seja exterminada? A Garota da Capa Vermelha é uma nova e arrepiante versão do clássico conto. Nela, o final feliz poderá ser difícil de ser encontrado.


"Acredite na lenda, cuidado com o lobo."
Certo dia vi na internet o trailer do filme A Garota da Capa Vermelha. Fiquei super empolgada e a ansiosidade me dominou. Fiquei imaginando como seria essa versão sombria do conto que eu tanto gosto. Se passaram algumas semanas, quando de repente descobri que a iD Editora estaria lançando um livro baseado no roteiro do filme. 

A parte gráfica do livro é simplesmente linda, cada divisão entre os capítulos é toda decorada, trabalhada nos mínimos detalhes. As folhas, são amarelas, com letras grandes, o que facilita muito na hora da leitura. A narrativa é em terceira pessoa, sob a perspectiva de vários personagens, mas grande parte da história está centrada em Valerie. 


Logo no inicio do livro somos transportados para Daggorhorn, uma pequena aldeia sombria, que há tempo é assombrada por um lobo. Portanto, toda lua cheia, uma família é escolhida para oferecer um de seus animais em oferenda à fera, caso contrário, a paz será quebrada.

Valerie é uma linda jovem, invejada pelas próprias amigas por ter o amor de Henry, filho de uma família muito nobre no lugar. A verdade é que ela não se importa com ele, pois ainda sustenta uma forte paixão por Peter, seu melhor amigo de infância, que deixou a aldeia quando os dois eram crianças. 

Certa noite, quando tinha apenas sete anos de idade, foi embalada por sua coragem, atrás de sua cabritinha Flora, que tinha sido oferecida ao lobo no altar do sacrifício. Foi o primeiro encontro que teve com a fera. 

Dez anos depois, ela e sua irmã partem para a Colheita com algumas amigas, para acampar por lá pela primeira vez. Nesse mesmo dia, lenhadores de todas as aldeias vizinhas chegam ao local, entre eles um jovem e belo rapaz, que chama a atenção de todas as garotas. Valerie sabia que era Peter. Os dois tentam não se relacionar, mas é inevitável a aproximação, já que parecem sustentar o mesmo sentimento um pelo outro. É na noite em que combinam de se encontrar que um acontecimento terrível muda tudo na vida de Valerie. 

Solomon olhou para ele como se ele fosse uma criança.
- Vocês foram enganados por essa besta desde o início. O lobo vive bem aqui. Nesta aldeia. - Ele olhou para os aldeões. - Entre vocês. É um de vocês.

O enredo é muito envolvente, você fica preso à ele, e quando percebe, já terminou de lê-lo. Porém os acontecimentos são narrados rapidamente, não há uma descrição detalhada dos personagens, dos locais em que acontecem os fatos. Na minha opinião foi isso que tirou um pouco do brilho do livro. Pra quem gosta de leituras fáceis e rápidas, essa é a pedida.

Quando você chega ao final do livro, de cara percebe que aquele não é o verdadeiro final, e há um recado da editora convidando você para conferir o último capítulo no hotsite do livro. 


Emfim,  realmente gostei muito do livro.  Acho que poderia ser uma boa dica de leitura para as férias, um suspense de tirar o fôlego, que você não vai largar enquanto não terminar de ler.



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